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Jovens passam por dificuldades para se tornar jogador de futebol

Ser jogador de futebol é o sonho de 9 milhões de crianças e adolescentes, mas apenas 30 mil conseguem passar em peneiras de clubes e destes somente cinco mil viram jogadores de futebol profissionais. E quem consegue realizar este sonho muitas vezes passa por muitas dificuldades.

Hoje o auxiliar técnico da Inter de Milão, Sylvinho, iniciou sua carreira de jogador no Corinthians aos 13 anos e passou por muitas dificuldades até se tornar um jogador profissional.   “Morava longe da Zona Leste e tinha que pegar um ônibus e um metrô para ir e voltar, estudava de manhã, era uma época que você já é um menino, mas tinha um pequeno salário e tinha suas obrigações” – relembrou o ex – atleta.

Gabriel Nascimento tem 23 anos conta que além destas dificuldades a figura do empresário é muito importante para quem pretende iniciar uma carreira profissional em clubes de ponta.  “Minha carreira foi complicada, muitos testes em clubes grandes, mas nos momentos errados e acabaram não dando certo, pelos times de várzea consegui me destacar e assim assinei meu primeiro contrato profissional numa equipe do Paraná. e hoje atuo na segunda divisão do Paulista pela União Suzano. Acho que a falta de um empresário forte hoje em dia é muito importante, para que a gente possa ter uma boa indicação nos clubes para desenvolver o nosso trabalho” – relata o jovem.

Para ser atleta muitos abandonam as escolas, apenas 5% dos jogadores possuem o ensino superior e 46% têm o segundo grau completo. Por isso muitos clubes estão criando escolas de base e investindo em profissionais, como é o caso do Santos que conta com a Silvana Trevisan para ser assistente social. “Ser assistente social no futebol é exercer um papel profissional muito importante na formação dos jogadores. Os adolescentes chegam com um sonho, se tornarem jogadores profissional, ter visibilidade e ficar rico. Neste contexto é que atuo, oriento os jogadores para estudarem, melhorar seu desenvolvimento cultural, para saber administrar a carreira e a aposentadoria precoce. Todos os jogadores além de fazerem as matrículas escolares, são acompanhados através da frequência e aproveitamento, fazemos parcerias com as coordenadoras pedagógica que ajudam as professoras que trabalham no Santos a realizarem trabalhos e reforços escolares para melhorarem o entendimento das matérias que não conseguem aprender na escola.”

A estrutura das categorias de base tem mudado ao longo dos anos, tanto para o bem quanto para o mal, por isso cada vez surgem mais jogadores e muitos ficam pelo caminho. “A parte financeira acho que mudou, foi uma melhoria brutal que não se explica. A parte evidentemente que mudou não tem absolutamente nada parecido com os valores antigos. Atualmente os clubes têm uma estrutura muito boa e muito avançada e os meninos já vem atrás dessa estrutura”, diz Sylvinho.

Muitos garotos querem ser como os já consagrados e muitas vezes acabam tentando ser igual a eles, mas para Silvana esta atitude mais atrapalha os jovens na sua formação como profissional. “A diferença são os salários e a qualidade de vida que o fruto do trabalho favorece, mas são trabalhadores que precisam muitas vezes de ter orientação e assistência. Visto que a maioria dos jogadores que estão no profissional vem de uma classe social com uma desestrutura financeira. A maioria sentem-se contemplados na busca do sonho que conquistaram e fazem de tudo para propiciarem uma ascensão social para a família”.

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